quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou hangar vazio esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações.
(Vander Lee - Esperando aviões)
Hoje não estou muito bem com as palavras. Eslas estão prontinhas para serem despejadas; borbulhantes, alvoroçadas. A tela em branco convida-as a se espalharem por aqui, mas nada. Talvez hoje, a intimidade com elas esteja um pouquinho abalada...


1 Por aqui, um pouco mais de "etc.":

Atualize a prosa. disse...

Você sempre está bem com as palavras, pois, as palavras são a sua essência. Se não as encontra é por que não estás bem e por isso tua essência se perde na bagunça do teu espírito. Mas logo tudo se acalma e sua essência resplandece com a Fênix ressurgindo das cinzas. Seja sempre uma Fênix, se consuma no ardor do fogo e renasça das cinzas de tuas palavras.