quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um pouco de poema, não faz mal a ninguém...

Nem tudo que eu gostaria de dizer pode ser dito agora
nem sempre o que me inspira me eleva aos píncaros da glória
nem todas as flores que me encantam nascem no jardim da minha casa
nem todos os meus devaneios me dão voo e asa
nem todos os meus amores eu posso declarar impunemente
nem sempre a loucura é inebriante
nem todo bom poeta é intrigante
Nem sempre se pode ser quem se quer ser.

Nem todo riso tem que ser sardônico
nem sempre o que é dissimulado é irônico
nem tudo no escuro guarda confidências
nem todo lúcido escapa da indômita sandice
nem todo castelo é feito de areia
nem sempre a musa é uma sereia
Nem tudo que se sente se pode escrever.

E nem sempre as palavras são compreensíveis
e nem todos os sonhos são inatingíveis.

Mas TUDO pode ser tateado, sentido e vivido.
Tudo pode ser sabor!


[Espero que gostem...não é sempre que me arrisco em um poema. =D]

terça-feira, 28 de abril de 2009

Janela

Sobre a janela: Provavelmente tem um tamanho de 1,60 X 1,20 de altura, tem uma persiana azul maior que ela. Tem uns adesivos colados e seu vidro não tem nenhum tipo de filme. É transparente; até demais. Às vezes fica um pouco empoeirada, mas só às vezes.


Com sua persiana azul, ela se destaca no quarto. É, ela fica no quarto. No meu quarto por sinal. Venho reparando-a ultimamente. Por que só passa a maior parte dos dias fechada? Nunca havia reparado que a deixava assim por tanto tempo.

Resolvi abri-la. Não, ela não mostra nenhuma visão esplendorosa. Na verdade ela dá para areazinha daqui de casa; um muro cor de caramelo, e um pequeno tanquinho pra lavar o que se queira lavar. Também dá para ver a árvore do quintal de uma casa vizinha desocupada. Acho que é um araçazeiro, que por sinal está voltando a se recuperar de uma peste; já está até brotando!
Coincidência ou não, no dia que resolvi escancara-la, o sol também tinha resolvido escancarar-se. Nossa! Nunca pensei que a visão ficasse tão bonita. Ah! Esqueci de dizer que redescobrir um móbile que tem nela. Eu mesma que fiz; aproveitei umas coisas sem utilidade e fiz ele. Nem lembrava mais...Aliás, ultimamente tenho transformado muita coisa que eu achava que não servia para nada em algo útil...

A persiana não estava encolhida, mas as suas "abas" [acho que não é esse o nome, mas aqui vai ser]estavam abertas. A combinação ficou perfeita e os raios de sol penetravam no quarto ora tímidos, ora ousados, quase que frenéticos.
Nos dias de chuva ela se faz imponente no quarto. Chama atenção toda para si mesma. Embaçada, os pingos que a atingem parecem lágrimas: escorrem e deslizam sem qualquer freio, involuntariamente. Em dias assim fica fechada. Há o risco que o vento a invada e desarrume os papéis que ficam depositados numa estante preta, que por sinal, também tem um rádio que nunca se cala.
Nos dias nublados fica aberta. Não tem muito espetáculo quando o dia está nublado, cinzento. Então o que chama a atenção é a brisa brincando com o móbile dela, o rádio fazendo seu papel incansante e a florzinha perto dela sempre sorrindo, lhe fazendo compainha.

E assim vai seguindo a minha janela: nos dias ensolarados vocês a verão escancarada, sorrindo pro sol, pro araçazeiro; nos dias de chuva a verão fechada, embaçada, monótona; e nos dias nublados, pensativa e indiferente.

Engraçado, isso me faz lembrar... É, preciso dizer pra minha janela que os dias ensolarados não duram o ano todo...




[A janela em um dia nublado...]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Da saudade






E por mais que continue negando,
seus olhos denunciam a saudade
que sente, envolve e a incomoda.


Como lhe faz falta...

terça-feira, 21 de abril de 2009

E se sujeitos, verbos e predicados, alinhados em perfeita sintonia, lançados em alto e bom tom para qualquer um ouvir, não surtirem efeito/impacto ou aparentar que não possuem o menor sentido e forem tudo um absurdo...

Melhor manter-se em silêncio (ou não)...

Cada um sabe a necessidade de exteriozar aquilo que, aí dentro, já não pode caber mais. E se realmente não existir forma de abafar as palavras...


Então, digo-lhe que GRITE!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Dela mesma...

Praticamente duas semanas em casa sem fazer absolutamente NADA!

Calor infernal, vontade de comer um monte de besteira, tarefas domésticas: tô desempregada!
É, tô no meio daquele monte de números que é mostrado toda vez que falam de desemprego. Quinhetas entrevistas feitas (é, estou exageros mil), e ainda nada.
Exercitando a paciência; diria esticando-a.

Pena que nem tudo estica; e quem pensou que estava me referindo ao meu suado money, parabéns, ACERTOU!

Mês que vem ganho mais um ano na bagagem. Que droga, meu direito à meia entrada vai pro espaço. Ainda não estou fazendo faculdade (não vou nem entrar nesse assunto, me deprime...cheguei tão perto) e por isso não tenho o direito daquela santa carteirinha. Tragédia! Como vou aos meu shows, espetáculos, e tudo o que a meia entrada pode comprar??
Caramba! Isso tá parecendo desventuras inventadas. Não adiantou nada pular aquelas famosas "sete ondas da prosperidade". Pera, pera, pára! Eu não pulei as sete ondas. Taí vai ver foi isso.

Pelo menos esse tempo disponível e ocioso em casa não é tããão ruim assim (na verdade pra mim é porque não gosto de ficar parada; mas tô tentando ser otimista "uhu!"). Estou organizando um projeto que pintou na mente de um amigo e eu roubei. Se bem que ele nem ia tocar pra frente, meio sem tempo, mas a verdade é que o roubei. É o que vem me ocupando esses dias.

AH! Outra coisa inédita! Tenho assistido mais de 1h de TV por dia. E a cada hora, na troca de canais, vou me lembrando o por quê de não conseguir passar mais de 5 minutos sentada em frente a caixa cintilante. Um monte de artistas que eu pensei que já tinham passado pro andar de cima, estão a todo vapor fazendo novelas. Fiquei chocada.
Pele oleosa, ironia ligada todo tempo, vontade louca de comer chocolate, e a TPM me surtando.

Tá esse post ficou parecendo um boletim informativo, e provavelmente vocês irão ler e se perguntar "Sim, mas o que tenho a ver com isso?". Mas é que todo mundo agora diz estar despertando seu lado ecológico e enchendo seus orkuts, msn ou qualquer ferramenta virtual com pedidos de socoroo e consciência ecológica (e continua fazendo tudo o que faziam, continuam a poluir, a consumir desenfreadamente), que hoje eu resolvi ser egoísta e falar de mim.

Afinal, eu sempre fui adepta à reciclagem, à opções de vida que não aumentam a poluição e tudo mais. E sou não esperando comentários do tipo "Nossa Naila que lindo a sua inicativa; a Terra tem sorte de ter pessoas como você!", sou porque sempre achei que podíamos ser mais gratos com a Mãe de Todos: a Natureza.
Esses modismos ainda me matam...Ô se matam!!

terça-feira, 7 de abril de 2009



"Terrorismo s.m. 1. Conjunto de atos de violência cometidos por grupos políticos para combater o poder estabelecido. 2. Modo de coação, de domínio ou de governo que emprega o terror e a violência."



Encasquetei. Há dias estou lendo coisas sobre terrorismo. Mas não esse definido aqui em cima, ou o do ataque de 11 de setembro, ou o que se é comum em alguns países do Oriente Médio...
Me refiro ao terrorismo psicológico.

O terrorismo físico pode lhe tirar um braço, um perna, deformá-lo, pode ter mil e uma conseqüências e perdas e por mais duras que sejam podem ser em alguns casos recuperadas ou adaptadas. Mas o psicológico, é perpétuo se alcançar o seu alvo.
O dano causado a mente, na maioria das vezes, não pode ser revertido. O seu poder de alcance e destruição é tão potente, que nem o mais forte, o mais bem preparado dos homens pode escapar de uma arma tão potente quanto esta. Sua munição? As palavras.

É claro que há outros modos de provocar o terror psicológico, mas o mais eficaz (e mais utilizado) é por meio das palavras. As palavras têm um peso enorme e quando bem usadas podem detonar um governo, um líder, um relacionamento, uma pessoa; suas convicções. Pode se esbarrar na resistência de alguns, mas por mais duro que o homem seja, sua mente é vulnerável.

Seu maior aliado? O medo!

O medo passa a impedir essa pessoa de retomar a sua vida e essa passa a ser a sua real deficiência. Quando bem feito, o ataque à mente pode ser fatal, a tortura psicológica é uma arte na qual poucas pessoas podem dizer que são mestres.

Todos nós já cometemos ou continuamos cometendo esse tipo de terrorismo. E a maioria comete inconscientemente. Tentar sobrepor sua vontade, tentar convencer seu amigo que sua opinião é mais sensata; tentar convencer que seu astro predileto tem mais razões de ser predileto que o astro do outro; tentar convencer que seu time é o melhor; tentar impor sua vontade; tentar convencer que é azul enquanto o outro enxerga vermelho...

Somos todos "terrotistas" em potencial. Mesmo sem intenção, mesmo sem querer. E vez ou outra, somos o nosso próprio alvo.

Quem está sendo sua vítima ultimamente?

Liberte-a....

LIBERTE-SE!